Palácio da Justiça

Antiga sede do I Tribunal do Júri, plenário abrigou julgamentos históricos de crimes de violência contra mulheres

O plenário onde aconteceu o debate sobre os dez anos da Lei Maria da Penha, no segundo andar do Antigo Palácio da Justiça, no centro do Rio, foi palco do julgamento de dois crimes que tiveram grande repercussão nacional: os assassinatos de Cláudia Lessin Rodrigues, em 25 de julho de 1977; e o da atriz Daniella Perez, em 29 de dezembro de 1992. Ali funcionou, até 2008, o I Tribunal do Júri. Depois da reforma do prédio histórico, no período de 2009 a 2010, o Palácio passou a abrigar atividades do centro de história, memória e cultura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

A jovem Cláudia, de 21 anos, foi encontrada morta com sinais de espancamento e violência sexual na área conhecida como Chapéu dos Pescadores, na encosta da Avenida Niemeyer, cartão postal da zona sul do Rio. As investigações levaram aos suspeitos Michel Frank, 26 anos, filho do dono da fábrica de relógios Mondaine; e o cabelereiro Geoge Kour, de um famoso salão do hotel Méridien.

Com dupla nacionalidade, Frank fugiu para a Suíça, onde chegou a ser preso por pouco tempo. Kour foi inocentado do homicídio e violência sexual, e punido apenas por ocultação de cadáver.

O caso mais recente julgado no Palácio foi da atriz Daniella Perez, assassinada pelo ator com quem fazia par romântico na novela De corpo e alma, escrita pela mãe, Glória Perez. O corpo foi encontrado na Barra da Tijuca, com 16 perfurações. Graças à desconfiança de um advogado que anotou a placa do carro, do ator Guilherme de Pádua, as investigações concluíram que ele e a mulher Paula Thomaz assassinaram a atriz. Ambos foram soltos após cumprirem um terço da pena de prisão — de 19 anos para ele e 16 para ela.

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